“Uma Casa em Luanda” sugere cor, textura, natureza, personalidade e tudo o que a individualiza. O modo de vida Angolano, o viver em comunidade e o viver num musseque é algo diferente, é sentir as pessoas, é percorrer as ruelas e estar cá fora, sentir a terra, voltar a caminhar, entrar ali para dentro, numa sucessão de surpresas ou revelações súbitas e finalmente estou aqui dentro, na minha casa.
Este é o conceito, traduzido num sentir de palavras e conceptualizado formalmente.
A Casa poderá evoluir de acordo com a lógica conceptual, colmatando as necessidades de cada família e assim se pretende.
Esta será a forma de recriar as ruelas, pracetas e corredores dos musseques identificando a identidade urbana, social e cultural do Luandense. O recuar de uma habitação, a sua evolução, permitirá ao Angolano transmitir para o local o seu sentido de vida, a sua intimidade, mais recatado ou mais próximo de quem passa na rua.
As evoluções possíveis, de acordo com o proposto derivam da deslocação dos volumes da moradia tipo e a construção em altura será possível mas sem nunca extravasar os limites da moradia original salvaguardando a escala do espaço que se destinaria ao pátio.